sábado, 9 de julho de 2011

Montanhas e horizontes

Elas sempre estiveram ali. As montanhas. Conheço os seus recortes de cor, como geografias da minha própria vontade, as alturas dos meus desafios, depressões e saliências prontas a serem escaladas para descobrir, encontrar.
O que poderá surgir do lado de lá?
Naquelas montanhas o sol se põe. Cada vez que nelas repouso o olhar, a mesma dúvida, a mesma questão.
O que se encontrará do lado de lá da solidez que me separa do horizonte?
Quantas vezes nos diluímos nas dúvidas, deixando ao sol a tarefa de iluminar, só ele, aquilo que queremos também ver...
E deixamos que o sol nos sobreponha, as aves do céu nos gritem o que não conseguimos decifrar, mas também queremos conseguir...
Um dia e outro e no horizonte a montanha que conhecemos de cor e a vontade, essa mortificante vontade de atravessar.
E um dia, do nada que somos, a vontade sussurra ao ouvido a palavra passe. Passa, passa... de ferro, gigante, transformas a montanha em nada mais que uma linha, a um passo do teu alcance, e aumentas numa infinidade de novas paisagens o tamanho do que verás no seguir...

Nenhuma montanha é tão alta que não a possas escalar, nenhum horizonte é tão longe que não possas lá chegar...

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