segunda-feira, 11 de julho de 2011

continuo_ar






Sufocando, o ar que respiro não me chega.
Não me sobram minutos no tempo, e o ar que se espalha no ar que corre não me chega. Nada me chega, tudo me é demais. E talvez esteja a mais. Uma a mais, nos estreitos dedos das mãos da vida por onde escorrem as vidas normais que não sei como atingir. Nado, a nado, entre o nado que nasceu vivo mas que se perdeu ( o que se perdeu?, onde se perdeu? Quem se perdeu? E quem sou eu? )
Nado, um pouco mais de nada e chegarei contra correntes, a esses rios que percorrem as mãos da vida que não sei identificar.
Que escola foi a minha onde não me ensinaram a geografia dos rios da vida?
De onde afluem as liberdades, as vontades, os poderes? Onde é a foz da mentira, da desilusão?
Nado e nado e nada de novo encontro, para encontrar. Quem se perdeu no navegar? Quem te ensinou a nadar? E voltamos ao ar onde a cabeça se esconde, num oco vazio de nada para que os pensamentos possam voar. O ar que respiro não me chega assim como não me chega a vida que encontro e por tento nadar num nada onde me sobram minutos, e onde me falta o tempo para aprender a chegar

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