sexta-feira, 29 de julho de 2011

Desfaço-me em mim




Encostada na encosta observo o mar...
Mergulhar ou não mergulhar?
Ainda mergulho na mar de lágrimas que deixaste no meu caminho. Ainda tento nadar em salvação para encontrar a margem. À margem de tudo. Os braços parecem-me sempre fracos para chegar. E sonho em pesadelos, com o meu próprio afogar. Afogo-me no suor que me fica do teu pensar em mim. Sem ti. Desfaço-me aos poucos como uma corda velha que por demasiado uso perdeu a sua força...ou não talvez tenham sido as voltas da vida que destroceram os fios e desunidos enfraqueceram... Que digo eu? que sonho eu? Quem escreve por minhas mãos estas palavras? Onde vou pairar agora, em que sonhos morarei depois de atravessar o mar de lágrimas da tua paixão?
Desfaço-me em mim, depois de ti. Sou eu os ligamentos desconjuntados de uma corda de força. Torcer e retorcer sem retroceder. O mar ficou para trás. Procuro-te nas ondas que o meu cérebro emana e nem um sonho te persegue. Perdeste-te. Afoguei-te no mar das minhas lágrimas...
Quem sou eu, quem eras tu...perguntas sem nexo para uma quase desafogada. Nem me interessa o que te interessa.Sem pressa, o mar de lágrimas ficou para trás e eu desfaço-me em mim, torço e retorço sem querer mais retroceder

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os teus pozinhos de perlimpimpim