terça-feira, 17 de agosto de 2010

De braços abertos



A minha noção de braços abertos é diferente da maior parte das gentes, porque eu sou diferente da maior parte das gentes, ou assim me faço acreditar por ser mais cómodo para mim e para aqueles que me olham com desconfiança quando começo a querer por por fora muito do que vai cá dentro...

 Sou com uma chuva continua que abarca a terra de braços abertos e lhe faz brotar a vida. Sou como sol que aquece de braços abertos e faz crescer com força o que outros semearem. Sou como a brisa leve que ninguém vê mas leva a semente no ar, que poliniza a distância que o acaso mandar. Sou o ponto escondido ditando o que ninguém quer esquecer. Sou a folha de um caderno em branco onde irão escrever a mais bela história... Sou as reticências, o que fica por dizer, o parentesis que explica qualquer condição... sou a atriz secundária num papel que enaltece o heroi e a heroina, de braços abertos, sou o lado B de um single que toda a gente ouve... de braços abertos sou aquela que se esconde na sombra para que a luz brilhe no lugar certo...

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