quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Reflexões em silêncio

O que é a morte ?
Será ela corpórea, ou simplesmente pequenos pedaços de nós que como frutos de uma árvore, se vão despegando e caindo ao chäo?

Já sem vida, sem vontade própria que lhe mantenham caracteristicas e propriedades, esses pequenos pedaços de nós , encarnam a morte que nunca é imediata, mas um acumular de pequenas perdas aqui e ali....

A morte em oposição à vida
Será que existe realmente esta guerra intrinseca de uma coisa contra a outra ? Fará uma parte da outra como etapa de passagem entre as diferentes caracteristicas da perceção da existência ou dos sentidos ?

Morre o amor? E Amor será vida, ou não será também a morte uma forma de amar o imprevisivel? Qual de nós não se apercebeu apenas na presença da morte o quanto uma situação, uma pessoa nos era essencial?

A morte tem fim terapeutico, pedagógico, sentimental. Lembra-nos a verdadeira importância das coisas e por isso a vida só chega ao seu valor supremo perante a morte.
Mas as perdas são ingratas, quem de nós saberá ou quererá perder? As perdas chegam-nos como consequências das nossas fragilidades. Mas é no perder e erguer de novo os olhos, o corpo, carregando os pesos das mortes e seguindo em frente, que se definem as forças de um vencedor.

No fim jamais haverão vencedores e vencidos, há apenas os que encaram a morte e a vida, as perdas e os ganhos, como faces de uma mesma moeda, que atirada ao ar tem iguais probabilidades de mostrar a cara ou apenas a coroa...

E cada um alegra-se nas probabilidades segundo aquilo a que dá mais valor

Mas o valor nada tem a ver com a vida ou a morte, porque estas são ambas a expressão , o alfa e omega, a manifestaçäo em bruto daquilo que é verdadeiramente o amor
Amará mais quem teimosamente agarra a vida, ou quem aceita resignadamente a intensa perda da morte, imortalizando assim o sentimento ?

Sem comentários:

Enviar um comentário

os teus pozinhos de perlimpimpim