terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Curar-te



Há feridas que não têm cura. Acompanham-nos desde a mais tenra idade e prosseguem, tal como nós, pelos anos afim. De nada valem os pensos, as mezinhas, as tentativas infundadas de esquecer a sua presença. Tentamos esquecer a dor, mascará-la numa outra coisa, sempre que, por azar, volta sangrar.
Melhora, ás vezes parece até que vai curar, mas é uma eterna ilusão de vitória.
Não podemos ganhar sempre, não podemos sangrar sempre, com risco de ficarmos fracos, sugados para sempre pela eterna hemorragia de dores  de que ninguém sabe a verdadeira causa.
Tento eternamente curar-te...lembrando-te que a ferida faz parte de ti e que tens forçosamente que aprender a viver com ela, dê por onde der. Um dia, talvez, o seu tamanho simplesmente diminua e aí sim nenhuma dor de qualquer origem poderá de facto vencer-te...

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